A importância de projetos governamentais na formação inicial docente: um estudo de caso

Autores

  • Vanessa de Paula Cintra Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM http://orcid.org/0000-0001-6464-4882
  • Miriam Godoy Penteado Universidade Estadual Paulista - Unesp - IGCE, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro https://orcid.org/0000-0003-0458-275X

DOI:

https://doi.org/10.31496/rpd.v20i44.1332

Resumo

Neste texto apresentamos os resultados de uma investigação realizada por meio de uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, cujo objetivo foi analisar a constituição do trabalho da equipe de Matemática da Universidade Federal de Uberlândia, participante do Projeto Rede Interativa Virtual de Educação, que foi um projeto governamental que visava promover e incentivar o uso da informática na educação, por meio da produção de módulos educacionais na forma de Objetos de Aprendizagem. O foco da pesquisa foi a configuração da equipe, sua produção, as dificuldades para se atingir as metas propostas pelo Projeto RIVED e as influências na formação inicial dos alunos bolsistas ao participarem do projeto. A discussão é feita a partir da perspectiva teórica da produção de softwares educacionais, da produção de design, da aprendizagem dos participantes apoiada no construcionismo, do trabalho coletivo e da disseminação dos objetos.

Biografia do Autor

Vanessa de Paula Cintra, Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Uberlândia (2007), mestrado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2014). É pesquisadora do GEPEMI (Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Matemática Inclusiva) (UFTM) e membro do grupo de pesquisa Épura (Unesp). Desenvolve pesquisas sobre o uso de tecnologia da informação no ensino e aprendizagem da matemática, formação de professores e educação matemática para estudantes com necessidades especiais. Atualmente é docente da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM e trabalha no departamento de Matemática.

Miriam Godoy Penteado, Universidade Estadual Paulista - Unesp - IGCE, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro

Livre docente em Educação Matemática, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), IGCE - Campus de Rio Claro. Tem pós-doutorado pela Universidade de Bristol, Inglaterra; doutorado em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); mestrado em Educação Matemática pela Unesp, graduação em matemática pela Unesp. É professora voluntária no Departamento de Educação Matemática da Unesp de Rio Claro, onde atua como professora e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, e em atividades de extensão. Desenvolve pesquisas na área de inclusão, na perspectiva da educação matemática crítica, tendo como foco o ensino e a aprendizagem de matemática na escola e a formação de professores.

Referências

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianoncini de. Tecnologias na Educação: dos caminhos trilhados aos atuais desafios. n.29, p. 99 -129. BOLEMA, 2008.

BARRETO, Raquel Goulart. Formação de professores, tecnologias e linguagens. São Paulo: Ed. Loyola, 2002 (Coleção Tendências).

BORBA, Marcelo Carvalho; PENTEADO, Miriam Gogoy. Informática e Educação Matemática, 2. ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

CYSNEIROS, Paulo Gileno. Programa Nacional de informática na Educação: novas tecnologias, velhas estruturas. In: BARRETO, Raquel Goulart (Org). Tecnologias educacionais e educação a distância: avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro: Quartet, 2001.

FONSECA, Douglas Silva. Ambiente de aprendizagem na escola noturna: ensinando e aprendendo matemática com tecnologias da informação e comunicação. 123 fls. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Uberlândia - UFU, Uberlândia, 2009.

GIBBONS, Andrew S.; JON, Nelson; RICHARDS, Robert. The Nature and Origin of Instructional Objects, 2000. Disponível em: http://www.reusability.org/read/chapters/gibbons.doc. Acesso em 10 nov. 2019.

GOLDENBERG, Miriam. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 7 ed., Rio de Janeiro: Record, 1999.

GOUVEA, Simone Aparecida Silva. Novos caminhos para o ensino e aprendizagem da matemática financeira: construção e aplicação de webquest. 167 fls. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2006.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias, o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007.

LÜDKE, Menga, ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: E.P.U., 1986.

MALTEMPI, Marcus Vinicius. Construcionismo: pano de fundo para pesquisas em informática aplicada à Educação Matemática. In: BICUDO, Maria Aparecida V.; BORBA, Marcelo Carvalho (Orgs.) Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

MALTEMPI, Marcus Vinicius. Construção de páginas Web: depuração e especificação de um ambiente de aprendizagem. 197 fls. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Faculdade de Engenharia

Elétrica e de Computação, Unicamp. Campinas, 2000.

MORAES, Maria Candida. Informática Educativa no Brasil: uma história vivida, algumas lições aprendidas. Revista Brasileira de Informática na Educação, v. 1, n. 1, p. 19-44, 1997. Disponível em: https://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/article/view/2320/2082. Acesso em: 10 nov. 2019.

OLIVEIRA, Célia Couto; COSTA, José Wilson; MOREIRA, Marcia. Ambientes Informatizados de Aprendizagem - Produção e avaliação de software educativo. Campinas: Papirus, 2001.

PAPERT, Seymour. A máquina das crianças repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

PENTEADO, Miriam Godoy. Redes de trabalho: expansão das possibilidades da informática na educação matemática da escola básica. In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani; BORBA, Marcelo Carvalho (Orgs.). Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

PRATA, Carmem. Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo; PIETROCOLA Maurício. Políticas para fomento de produção e uso de objetos de aprendizagem. In: PRATA, Carmem. Lúcia; NASCIMENTO, Anna Christina Aun de Azevedo (Orgs). Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC, SEED, 2007.

PROINFO. Programa Nacional de Informática na Educação: Diretrizes. Brasília, julho de 1997.

RIVED - Rede Interativa Virtual de Educação. [On Line]. Disponível em: http://rived.mec.gov.br/. Acesso em: 10 nov. 2019.

RODRIGUES, Adriana. Produção coletiva de objetos de aprendizagem: o diálogo na universidade e na escola. 119 fls. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Uberlândia – UFU, 2006.

SOUZA JR, Arlindo José, FERNANDES, Márcia Aparecida; LOPES, Carlos Rodrigues; SILVA, Rejane Maria Ghisolfi. Informática na Educação: elaboração de objetos de aprendizagem. Uberlândia, MG: EdUFU, 2008.

SOUZA JR., Arlindo José. Trabalho coletivo na Universidade: trajetória de um grupo no processo de ensinar e aprender Cálculo Diferencial e Integral. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, 2000.

WILEY, David. Connecting learning objects to instructional design theory: a definition, a metaphor, and a taxonomy. In: WILEY, David (Ed.). The instructional use of learning objects. 2000. Disponível em: http://www.reusability.org/read/chapters/wiley.doc. Acesso em: 10 nov. 2019.

Downloads

Publicado

2020-09-04

Como Citar

CINTRA, V. de P.; PENTEADO, M. G. A importância de projetos governamentais na formação inicial docente: um estudo de caso. Revista Profissão Docente, [S. l.], v. 20, n. 44, p. 01–20, 2020. DOI: 10.31496/rpd.v20i44.1332. Disponível em: https://revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/1332. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos