REFERÊNCIA TEXTUAL: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE REFERENCIAÇÃO EM TEXTOS PUBLICITÁRIOS

Autores

  • Lucimar de Almeida Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.31496/rpd.v13i27.599

Resumo

Por meio de intrincadas teias que se tecem durante a progressão textual, o leitor é capaz de estabelecer mentalmente uma continuidade de sentidos para um texto. Para que isso ocorra de forma adequada, cabe ao produtor deixar “pistas” que possam funcionar como orientadoras de leitura para a construção da coerência. Dentre os procedimentos linguísticos responsáveis pelo estabelecimento de relações semânticas e/ou pragmáticas entre segmentos maiores ou menores de um texto incluem-se as expressões anafóricas. Modernamente, a concepção de referência diz respeito sobretudo às operações efetuadas pelos sujeitos à medida que o discurso se desenvolve. A referência, bem como a progressão referencial, consistem na construção e reconstrução de objetos-de-discurso, isto é, os referentes são construídos e reconstruídos no interior do próprio discurso. A referenciação constitui, portanto, uma atividade discursiva; o sujeito procede a escolhas significativas para representar estados de coisas, de acordo com sua percepção de mundo, suas crenças, atitudes e propósitos comunicativos. Na construção de sentido de um texto, há aspectos cognitivo-discursivos, semântico-pragmáticos, argumentativos e textuais que são responsáveis pela progressão textual. As investigações pertinentes às formas remissivas em textos publicitários podem revelar frutíferas contribuições sobre o assunto bem como corroborar a tarefa do professor no tocante à análise da estrutura formal e semântica, além de servir como parâmetro para estudo de outros textos persuasivos.

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Publicado

2013-06-06

Como Citar

DE ALMEIDA, L. REFERÊNCIA TEXTUAL: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE REFERENCIAÇÃO EM TEXTOS PUBLICITÁRIOS. Revista Profissão Docente, [S. l.], v. 13, n. 27, p. 87–103, 2013. DOI: 10.31496/rpd.v13i27.599. Disponível em: https://revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/599. Acesso em: 22 nov. 2024.