Constituir-se professor universitário: das representações sociais às práticas pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.31496/rpd.v18i39.1245Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa quanti-qualitativa/descritiva realizada a partir do referencial teórico-metodológico da Teoria das Representações Sociais de Moscovici (2003), cujo problema e foco centra-se na ausência de uma formação inicial para a atuação na docência universitária. Buscou-se compreender como um professor do ensino superior, que não passou por uma formação inicial pedagógica, tem-se constituído professor. Para isso, aplicou-se um questionário e a técnica de associação livre de palavras tratada pelo software EVOC (Ensemble de Programmes Permettant L'annalyse des Evocations, de Vergès; versão 2002) em 80 professores de uma IES do Triangulo Mineiro, com o objetivo de identificar suas representações sociais sobre a “docência no ensino superior”. Os resultados mostram que os docentes pesquisados, por não possuírem uma formação inicial pedagógica, têm-se constituído professores, ancorados em representações sociais construídas a partir de vivências que tiveram durante a vida acadêmica e por tentativas de ensaio e erro.Referências
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